sexta-feira, 29 de abril de 2016

Bom dia/ boa noite pessoal!

No último post eu parei quando eu e o Matt começamos a namorar depois que eu o pedi em namoro...rs. E foi isso mesmo. Depois disso eu expliquei pro Matt o conceito de “chaveco” e falei pra ele que eu que o chavequei....kkkk. Aí virou piada. Ele sempre brinca: “Gringo: no chaveco?” e eu falo: “no baby, gringo, no chaveco!!”...kkkk

Depois de dez anos esperando meu José eu não podia correr o risco de vê-lo embora... valeu muito a pena ter feito isso. Quanto ao tempo (10 anos esperando) muita gente, especialmente amigas e amigos que também estão rezando para encontrar suas almas-gêmeas, me falam: “ah Elisa, mas 10 anos é muito tempo! Deus não pode demorar tanto assim comigo”. Eu entendo perfeitamente e sei que muitas vezes não é nada fácil  esperar o tempo de Deus. Mas é necessário. Porque Deus sabe muito, muito melhor que nós qual é o melhor tempo pra tudo. Falar que Deus “demora” é como dizer que um pai e uma mãe estão demorando pra dar uma bicicleta a um filho que ainda engatinha... não faz sentido.

No meu caso, eu posso dizer que Deus foi, como sempre, muito perfeito em me deixar esperando todos esses anos. Por milhares de motivos. Só pra citar alguns: primeiro que eu passei vários anos, como já disse em outros posts, numa pindaíba danada. Se eu tivesse conhecido o Matt naquela época eu não teria um tostão furado nem pra ir encontrá-lo em Sertãozinho. E depois, Deus foi preparando os nossos corações, mentes e almas pra encontrar um ao outro e viver essa nova fase.

Não da pra saber qual a pedagogia que Deus utiliza com a gente quando “demora” pra nos mandar algo que pedimos muito mas eu gosto de pensar que ele muitas vezes está nos preparando. No filme “Ray” sobre a vida do maravilhoso Ray Charles, há uma cena tocante que me faz pensar muito sobre como Deus age conosco.

Explicando: a cena se passa quando o Ray tinha uns sete anos e começou a ficar cego.  Ele vivia com a mãe e os irmãos em uma casa muito pobre. Nesta cena, o Ray menino vem correndo pra dentro de casa chamando a mãe e tropeça (já era a cegueira em estágio evoluído). Ele cai no chão gritando pela mãe e ela quando vê o menino tem um primeiro impulso de pegá-lo, como faria qualquer mãe. Mas ela recua num gesto ao mesmo tempo lindo e muito sofrido. Ela recua porque sabia muito bem que o filho precisava aprender a “andar” sem ela, quase que literalmente. Ela sabia que o processo de cegueira estava evoluindo e não teria volta e o mais difícil de tudo: ela não estaria com ele todo o tempo. Ele vai tateando o chão e finalmente fala: “mãe, você está aí”. A cena é maravilhosa e é difícil segurar o choro. Muitos anos mais tarde, o Ray Charles fez uma música linda em homenagem à mãe dele que diz assim: “my mother told me, before she passed away, she said: son, when I´m gone, don´t forget to pray, cause there will be hard times, hard times...oh yeah, who knows, better than I?”

O que eu penso sobre isso é que Deus age exatamente assim conosco: muitas vezes Ele parece recuar, parece não ouvir quando nós caímos e chamamos por Ele.  Mas Ele está ouvindo e está fazendo ou pelo menos permitindo isso pro nosso próprio bem, para que essa espera dê muitos frutos...

Mas então, continuando: eu e o Matt começamos a namorar no domingo de carnaval, depois de eu fazer o pedido solene...kkkk. Naquele mesmo dia, nós fomos à nossa primeira missa juntos e eu a ofereci em ação de graças por aquele favor imenso que eu tanto pedi a Deus...

O primeiro presente que o Matt me deu e que ele trouxe da Australia aquela semana foi um terço. Então, no dia seguinte nós combinamos de no final da tarde rezarmos também o terço juntos, que é uma devoção mariana que eu e ele temos há muito tempo. Nós sentamos na parte de fora do hotel em um sofasinho e começamos a rezar. Como todos os dias, estava tendo bloquinho. Várias pessoas passavam com cerveja na mão, dançando e pulando e algumas olhavam pra nós dois ali em pleno carnaval do Rio de Janeiro rezando o terço na varanda do hotel e eu acho que elas pensavam: “acho que eu bebi demais...”..kkkkkk

Eu rezei infinitos terços antes de conhecer o Matt pedindo a intercessão de Nossa Senhora pra que eu encontrasse meu José. No dia do meu casamento eu entrei na igreja com esse mesmo terço pendurado no meu pulso e foi como se Nossa Senhora estivesse me conduzindo pela mão até meu marido.

Bom, o resto da semana foi maravilhoso, sem palavras. Eu e o Matt nos divertimos muito, eu o levei pra conhecer as outras praias famosas: Ipanema, Leblon, Copacabana, o Cristo Redentor e claro: apresentei a maravilhosa culinária brasileira pra ele!!

Estava tudo indo muito bem mas eu também tinha em mente uma coisa: como nós vamos fazer pra isso dar certo? Porque é claro que sabendo que seu namorado vai embora pro outro lado do mundo, várias coisas passam pela sua cabeça...
Então foi que aconteceu o que eu considero o mais lindo episódio do nosso amor. Pelo menos até agora.

No sábado, praticamente o nosso ultimo dia no Rio, porque nós iríamos embora no domingo, nós fomos à praia e estávamos conversando e bebendo uma caipirinha de boa. Foi quando sem querer, ou por querer, nós começamos um papo sobre casamento, filhos, vocação ao matrimônio, várias coisas.  Aí foi a vez do Matt me surpreender com uma pergunta.
Ele olhou pra mim e perguntou: “quantos filhos você quer ter?”

Uiiiiiiiii. Aí eu parei um momento... vou explicar: há vários anos, quando eu comecei o meu processo de conversão, como expliquei nos posts anteriores, eu comecei a ler muito, meditar e tentar entender o que era o plano de Deus para os casais e a famosa abertura à vida, que a Igreja tanto defende. Foi um processo, mas a essa altura do campeonato eu já entendia muito bem esse aspecto tão importante da vida daqueles que Deus chama ao matrimônio. Porém, muitas vezes é difícil fazer as pessoas compreenderem essa dimensão da vida cristã, em especial no mundo de hoje onde é mais “fácil” apelar pra tantos subterfúgios.  E pra completar, eu sempre ouvia de algumas pessoas que eu estava solteira porque os homens se assustavam com a minha ideia de “abertura à vida e generosidade no número de filhos”.

Então naquela hora eu pensei: “putz, e agora? Não está meio cedo pra essa pergunta?”. Mas não estava...mal sabia eu que eu podia até ser firme na fé mas eu estava diante do homem que Deus preparou pra mim e ele é tão ou mais convicto que eu.

Eu confesso que durante toda minha vida eu neguei minha fé várias vezes, por preguiça, por vergonha ou por pura falta de fortaleza mesmo. Mas eu não queria mais negar.... eu sabia qual era a resposta certa. Na bíblia diz que quando João Batista estava batizando a todos, os fariseus e doutores da lei se recusaram e então “frustraram os desígnios de Deus a respeito deles”. Fiquei pensando quantas vezes em que eu me fechei à graça e fiz o mesmo: frustrei os planos de Deus pra minha vida.

Naquele momento passou a vida de São Pedro na minha cabeça. Pedro foi um apóstolo muito querido do Mestre. Testemunhou inúmeros milagres bem como a infinita bondade e divindade de Jesus. Isso, entretanto, não o impediu de negar Jesus três vezes um pouco antes da paixão. Então, quando Jesus queria delegar a ele o comando da Igreja nascente, Nosso Senhor faz uma pergunta a ele: “Pedro, tu me amas?”. E ele responde: “Sim, Senhor, eu te amo”. E Jesus torna a perguntar: “Tu me amas? Ao que ele responde novamente: “sim Senhor, eu te amo”. E então Jesus pergunta pela terceira vez e Pedro se entristece, mas dá uma resposta que é uma das profissões de fé mais lindas das Sagradas Escrituras. Pedro diz: “Senhor, tu sabes tudo. Tu sabes que eu te amo”. Ah que lindo! Pedi então a São Pedro que me desse essa força, e que me ajudasse a não negar mais o que eu tinha bem claro no meu coração.

Então naquele momento que o Matt me perguntou eu disse:
“Matt, eu quero ter tantos filhos quantos Deus quiser que eu tenha”....
E aí sabe o que ele falou?????
“Resposta certa! Quer casar comigo???”
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

E foi assim, em plena Barra da Tijuca, na frente daquele marzão imenso na cidade maravilhosa que o amor da minha vida me pediu em casamento e confirmou o que eu já sabia: “ Deus não perde batalhas”.

Então pessoal, o nosso milagre aconteceu e continua acontecendo, não só na minha vida e na do Matt mas na de todos os que se confiam a Deus.

Teoricamente a história que eu queria contar acaba aqui. Porém, eu decidi continuar com o blog por mais algum tempo, pelo menos mais alguns meses antes do menininho lindo, fruto maior desse milagre, chegar. Porque como eu disse lá no primeiro post, a nossa história de amor é apenas o pano de fundo do propósito desse blog, cuja maior intenção é falar de fé e de tudo que concerne a isso. Por isso, ficarei mais um tempo.

Espero que vocês tenham gostado e se de todas as pessoas que leram um ou mais ou todos os posts se decidirem a seguir a Deus mais de perto, já vai ter valido a pena. Porque afinal de contas:
“Meu coração foi feito por Ti e não descansará enquanto não repousar em Ti”. Santo Agostinho

Mil beijos e fiquem com Deus!

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Bom dia/ boa noite pessoal!
Este post ficou enorme e já peço desculpas se ficou maçante mas era muita coisa pra contar...

No último post eu parei bem na hora em que o Matt comprou a passagem dele pra ir pro Brasil me conhecer! Ahh que momento mara!! rs

Mas como disse a vocês, muita gente achou que eu estava sonhando, tipo: “coitada da Elisa, isso não vai dar em nada”, “que história mais mirabolante”. E eu super entendo mas também penso que muita gente não estava pensando com o “olhar da fé”, que faz tudo mudar.

Em uma das inúmeras biografias de São Josemaria Escrivá, o autor diz assim: “Nietzche queria um Deus que dançasse. Pois bem, eis aqui um homem que dançou com Deus”.  Essa frase, absurdamente linda, me ensinou um pouco sobre como nós devemos reagir quando julgam a nossa atitude e a nossa fé. A frase se refere ao filósofo alemão Friedrich Nietzche, ateu convicto, que zombava da existência de Deus. Devemos, a exemplo desse biógrafo de São Josemaria, responder com inteligência e caridade e lembrando sempre de que a resposta, em última instância vem de Deus. E quando ela vem, ela vem que vem bonita! Não há inteligência humana, sempre pobre e limitada, que consiga refutar os desígnios divinos.

Muitas vezes nos sentimos meio que sozinhos, defendendo os valores cristãos e a nossa fé nos planos de Deus. George Bernanos, escritor francês escreveu: "O Estado  não teme mais que um rival: o homem livre (…); não o refratário e brutal, não o anarquista intelectual, que é o mais ridículo de todos os intelectuais (…). Falo do homem livre, do homem capaz de impor disciplina a si mesmo, ainda que tenha de pagar com a solidão e a pobreza por este testemunho interior (…); do homem que se dá ou recusa, mas jamais se deixa usar.

Então continuando: combinamos de chegar no Rio no dia 14/02, sábado de carnaval! Um mês antes já comecei aquela função feminina pré-encontro-com-paquera: mil horas no salão pra retocar a progressiva (kkkk), unha, roupa nova.....kkkkk. Era muita expectativa! E ao mesmo tempo, como sempre, me trazia muita paz! Continuamos conversando sempre e cada vez mais. Nós compramos a nossa passagem bem no comecinho de dezembro, e até fevereiro, foram dois meses em que nossa amizade foi crescendo e muito.

Em casa a expectativa era enorme também! Meus pais, irmãos e namorados das minhas irmãs falavam toda hora: “e o gringo? E esse negócio aí, vai vingar”? Uma semana antes de eu ir pro Rio, eles ficaram me zuando e falando que já tinham colocado detetive atrás de mim, que esse gringo era terrorista, kkkk

Mas enfim, chegou o tão sonhado dia 14/02/2015!! Meus pais me deixaram no aeroporto em Ribeirão e eu embarquei pra cidade maravilhosa!!!

Eu ia chegar no Rio as 15hs e o Matt, pelas minhas contas, ia chegar umas 21hs. Mas eu fiz as contas erradas! Que hora mais propícia pra fazer as contas erradas! Sqn!!!

Enfim, cheguei ao hotel umas 16hs e como eu ainda não tinha ido à missa aquele dia (eu saí super cedo de Ribs e fiz escala em sp), eu fui ali na Barra mesmo numa igrejinha linda. Rezei muito e ofereci a comunhão daquele dia por mim e pelo Matt e pedi a Deus, mais uma vez, que fizesse segundo a vontade dEle, mas que me ajudasse a fazer tudo que estivesse ao meu alcance!

Voltei pro hotel depois da missa e fui “descansar”. Imagina! Que descansar que nada! O coração estava a mil...

Umas 18:30 eu estava lá de boa no quarto do hotel e alguém bateu na porta. Como tinha um pessoal bebendo no corredor, eu achei que era esse povo e falei pra ir embora.... depois de mais uns 15 minutos bateram na porta de novo e não falaram nada. O que eu fiz? Fui abrir...sem nem olhar no espelho (kkkk)..... a hora que eu abro, quem está na minha porta? O Matt!!!!! Se a parte da minha mãe perguntando “quem, filha?” seria a mais engraçada se nossa vida fosse um filme, essa seria com certeza a mais romântica!!

Depois de quatro meses ele finalmente estava lá de carne e osso, todo gatão, com aquele olhar tão lindo e tão puro!! E ele falou: “Hi Elisa!!” A primeira coisa que eu pensei foi: “Não!!!!!!! Eu ainda não passei maquiagem!!”kkk, e o pior é que é verdade. Mas logo eu já desencanei e dei um abraço enorme nele e falei: “Matt!!!”. Ele fala que foi o melhor e mais longo abraço que ele já recebeu!! Uhuuu. Viva o sangue latino!!

Bom, aí nós ficamos ali na porta do meu quarto uns cinco minutos naqueles momentos iniciais meio sem graça, etc. Depois ele foi pro quarto dele tomar um banho e nós combinamos de ir jantar.

Agora é importante eu dizer uma coisa: eu já estava super apaixonada (como falei em outros posts) e já tinha certeza de que o Matt tinha todas as virtudes e valores que eu esperava no meu José. Mas faltava saber da parte humana, ou seja, se ia ter química, se eu ia acha-lo pessoalmente tão legal e tudo de bom quanto eu o achava a distância. E aquele momento ali, quando eu o vi pela primeira vez, meu coração simplesmente parou e eu pensei “último item do check list: SUPER CHECKED!!”

AÍ fomos jantar ali perto do hotel mesmo e foi maravilhoso! Nós conversamos umas 3 horas como se nós nos conhecêssemos há milênios e não acabava o assunto.

Fomos embora pro hotel e combinamos de nos encontrar no dia seguinte pro café-da-manhã as 8:30hs. Eu fui dormir feliz da vida e morrendo de vontade de contar pros meus irmãos,  mas sabia que ainda era cedo!!

No dia seguinte que o bicho pegou! Acordei e como sempre fiz minha oração mental. Aí eu falei assim pra Deus: “meu Deus, o Senhor ta vendo, né? Ele é tudo de bom e eu já não tenho mais nenhuma dúvida no meu coração. Agora me ajuda a dar esse passo importante”. Explicando: o Matt é gringo e eu já tinha visto o jeitão dele. Ele não ia tomar uma atitude no sentido de me pedir em namoro. Eu sabia que eu tinha que fazer algo, até porque, convenhamos, ele fez o mais difícil de tudo: cruzou o mundo pra me conhecer.

Então desci pra tomar café e ficamos conversando muuuito tempo. O garçom veio falar se a gente ia querer mais coisa do buffet porque eles iam encerrar o café da manhã, de tanto que nós conversamos...

Aí fomos pra praia. A hora que nós colocamos o pé pra fora do hotel eu já comecei a dar risada. Se você quer se divertir, coloque um gringo desavisado no meio do carnaval no Rio de Janeiro. Estava tendo um bloquinho na rua e o Matt olhava pra mim e falava com a maior cara de espanto: “essas pessoas podem fazer isso? Ninguém vai ser preso? Todo mundo bebendo com roupa de nadar no meio da rua??”. KKKK, eu só pensava: “ai, ai, isso vai ser divertido...”

Aí chegamos na praia e eu já estava com aquela ansiedade. Pra mim não tinha mais o que esperar. Eu queria resolver esse negócio logo. Então eu o deixei  lá na praia e falei que ia na barraquinha comprar duas caipirinhas pra nós.  Na verdade eu queria, além de tomar a caipirinha, fazer duas orações que eu sempre faço quando tenho que fazer algo difícil, tipo apresentação de mestrado, reunião de trabalho muito importante, etc. A primeira é rezar o “Vinde Espírito Santo”, que é aquela oraçãozinha simples e super poderosa pra pedir as luzes do Espírito Santo. E a segunda era falar pro meu anjo da guarda ir conversando com o do Matt. Super recomendo! Ele foi preparando o terreno.

Aí comprei as duas caipirinhas e voltei pra praia. Sentei e o Matt estava todo tranquilão lá olhando a praia e bebendo a caipirinha dele. Aí eu olhei pra ele e falei: “Matt, quer saber de uma coisa?”. E ele com aquela cara super de boa: “o que?”; E eu falei: “eu quero que você seja meu namorado”!!!!!
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Aí, depois de um suspiro profundo (rs), ele falou pra mim: “mas como você espera fazer isso acontecer se eu moro na Australia e você mora no Brasil?”. Aí eu pensei: “Não! Que balde de água fria!!”. Mas aí eu falei pra ele: “bom, eu acho que seria bem difícil mas também acho que se a gente quiser, pode dar certo”. Aí ele falou: “Também acho!!”. UHUUUUUUUU

Aí eu falei: “então ta, já que nós estamos namorando, você já pode me beijar”!!!
E assim nós começamos a namorar!!!

YESSSSSS!! Foi mara e sem palavras mas a parte mais bonita mesmo aconteceu no sábado, penúltimo dia da nossa viagem pro Rio. Mas como o post já está enorme, contarei no próximo!!


Mil beijos e fiquem com Deus!

domingo, 3 de abril de 2016

Bom dia/ boa noite pessoal!

Esse é o nosso nono post!!

No último eu parei no momento em que o Matt havia me adicionado no face e nós começamos a conversar. Então, prosseguindo: é difícil descrever esse momento sem cair no clichê, mas foi “amor à primeira mensagem”! kkk. Ou melhor, mais ou menos porque o amor foi crescendo exponencialmente a cada conversa “internética”. Nós começamos trocando mensagens a cada dois, três dias e de repente já estávamos nos falando todos os dias, duas vezes por dia, sempre nos extremos por causa do fuso horário.

Nós conversávamos sobre tudo: trabalho, família, hobbies, política, vida no Brasil, vida na Australia e logo nós começamos também a conversar sobre temas mais profundos: fé, valores, objetivos, medos, sonhos, etc.

Eu contava pro Matt tudo que acontecia no meu dia-a-dia desde os acontecimentos mais prosaicos como uma reunião de trabalho até coisas mais profundas.

Bom, não precisa nem falar o que aconteceu: depois de mais ou menos um mês eu pensei: “nossa, to xonada nesse gringo”! Kkkkk.  Brincadeiras à parte, eu comecei a ver que eu realmente tinha muito em comum com o Matt e que apesar de tudo (da distância e de nem nunca tê-lo visto pessoalmente), ele bem que poderia ser meu José!!

Então aí aconteceu algo importante:  num sábado de manhã, eu acordei e como sempre fui fazer minha oração. Naquele dia, pedi uma coisa especial pra Deus. Eu falei: “Senhor, eu estou realmente gostando do Matt e acho que além de ele ser um homem maravilhoso, ele pode ser o José que eu tanto espero e rezo pra encontrar. Porém eu não quero mais perder tempo caso ele não seja e também não quero me decepcionar mais uma vez. Então, por favor, me dê uma luz e se for pra ser ele, mesmo sendo algo TÃO surreal e difícil, faça com que aconteça. Porque Tu podes tudo”.

Gente!! Oração é realmente uma coisa MUITO poderosa!!

O que eu fiz então? Depois de terminada minha oração fui pro computador e mandei uma mensagem pro Matt que tinha, além de claro, os assuntos de sempre, um convite. Eu falei pra ele que em fevereiro no Brasil tem uma festa muito legal chamada carnaval e eu geralmente passo esses dias no Rio de Janeiro, que é uma cidade maravilhosa, mágica, bla, bla, bla e no fim...... o convidei pra ir pro Rio no carnaval me conhecer!!! Ahahahahaha. Sim! E apertei o “send”!!! Quando eu me lembro disso eu penso no capítulo chamado “audácia” de São Josemaria  Escrivá no livro Sulco. Ele diz: “o mundo é de Deus. Mas Deus o aluga aos valentes. E me fez refletir- o que estás esperando?”. Eu acho que desde que não seja algo ilícito,  é melhor nos arrependermos de algo que fizemos do que deixamos de fazer.

Porém, vou falar uma coisa com  sinceridade: por mais fé que eu tenha e por mais otimista que eu seja, NUNCA imaginei que ele fosse responder o que ele respondeu!

Isso foi sábado de manhã no Brasil e nem é preciso falar da expectativa que eu fiquei aquele fim de semana. Mas aí, sábado o dia inteiro nada de resposta, domingo nada de novo,  segunda-feira de manhã: mensagem do Matt!!! Ahhhhh. E o que ele me responde: “uma viagem pro Brasil parece ótimo. Me fale qual o melhor plano de ataque!!!”

Se nossa história fosse um filme, essa parte seria a mais engraçada! Eu li a mensagem logo que eu acordei, um pouco antes de ir à missa, umas 6 da manhã. Eu gritei pra minha mãe: “Mããããããããe!! O Matt vai vir pro Brasil””!!! E ela foi correndo com aquela carinha dela super fofa e como minha mãe é um pouco passada (como eu...rs), ela falava: “quem, filha???”..ahahahaha

Aí a gente ficou pulando de alegria... muitas pessoas rezaram e torceram muito pra que eu encontrasse o tão sonhado amor da minha vida mas com certeza ninguém mais que minha mãe. A oração de mãe é coisa poderosíssima! Só no céu eu vou saber quanto das orações e mortificações da minha mãe contribuíram para que eu encontrasse esse homem tão maravilhoso e abençoado. E, além disso, as preces da minha mãe e todas as demais,  ajudaram a me manter firme durante esses dez anos em que eu fiquei à procura do meu Jose. Sim, porque ficar dez anos solteira me trouxe muitos benefícios, como o crescimento e amadurecimento espiritual, mas como tudo na vida, também teve o lado negativo, como o chacoalhão na minha auto-estima depois de tantas desilusões. De vez em quando eu pensava: “na boa, o que há de errado comigo??? Meus pais mentiram pra mim quando eles me disseram que eu sou super legal??” rs

Enfim, as orações da minha mãe serviram para isso também. Como me ensinou uma amiga: “Mãe de joelhos, filhos de pé”.

Sobre oração, em especial das mães, queria contar uma história muito bonita que me contaram esses dias. É sobre um americano que era um cara super  doidão na juventude (todas as loucuras que se pode imaginar). A mãe dele, muito católica e muito piedosa, sabendo que o filho corria sério risco de não se salvar, um dia fez um pedido especial pra Deus. Ela pediu que, não importava o que acontecesse com ela, ela queria pedir que seu filho se salvasse. Dois meses depois ela foi diagnosticada com um câncer fatal que a levaria embora em poucos meses.  No seu leito de morte, o filho foi visita-la e ela disse a ele: “filho, eu sei que estou indo para o céu. Já consigo vislumbrá-lo. Mas a minha alegria nâo será completa se você um dia não estiver lá comigo”. Aquele momento foi a conversão do filho. Hoje esse homem vive dando palestras e fazendo da vida dele um apostolado constante!

Mas continuando: eu também queria muito contar sobre a vinda do Matt ao Brasil pra outra pessoa muito maravilhosa e que rezou muito por mim: o querido padre Augusto, meu ultimo diretor espiritual no Brasil. Cheguei então pra conversar com ele e a primeira coisa que eu disse foi: “padre Augusto!!! O senhor não vai acreditar: o Matt vai vir pro Brasil!!” Ele ficou muito, muito feliz e nós começamos a conversar sobre isso. No meio da conversa eu perguntei a ele: “ o senhor acha que eu estou sendo muito inocente, tipo achando que isso vai realmente virar alguma coisa?” porque  apesar de muita gente achar que eu estava sonhando, delirando,  eu queria realmente me casar com o Matt!

Aí o padre Augusto me deu uma resposta muito bonita. Ele disse mais ou menos assim: “Elisa, eu penso que não. Eu penso até que vocês estão iniciando esse relacionamento da forma como todas as pessoas deveriam começar: com uma amizade bonita, trocando confidências, conhecendo um ao outro: as qualidades, defeitos, valores, objetivos, etc. O problema dos relacionamentos de hoje é que se conhece o corpo antes de se conhecer a alma”. A resposta do padre Augusto foi muito sensata! Eu diria até que por isso tantos casais vivem reclamando: “ah, ele não me conhece direito”, “ela não tem ideia do que eu passo”, etc. Porque “se conhece o corpo antes de se conhecer a alma”...feliz da pessoa que tem um bom diretor espiritual!!

Então eu e o Matt combinamos os dias certinhos que ficaríamos no Rio e ele comprou a passagem dele! YEAHHHHHHH. Agora não tinha mais jeito: eu ia conhecer meu gringo lindo!!

Por hoje é só.

Uma abençoada semana a todos e fiquem com Deus!