Resoluções de
fim de ano, nesse post resolvi escrever sobre as minhas resoluções de fim/ começo de ano pra 2018. Então aqui vai:
1)
Oração- rezar mais e amar mais. Santo Agostinho
tem uma frase que diz: “a medida do amor é amar sem medida”. E rezar é uma das
melhores formas de amar: a Deus e ao
próximo. Então eu fiz o proposito de rezar mais, fazer mais jaculatórias, mais
atos de adoração, pedir mais perdão a Deus nos meus dias.
O primeiro obstáculo que geralmente quem se propõe a rezar mais encontra
é a dificuldade/ falta de tempo. Então a
gente tem que se lembrar sempre de que Deus é senhor também do tempo e se nós O
colocamos em primeiro lugar, Ele nos ajudara a fazer tudo que nós devemos
fazer. E o que não der, mesmo que nós tenhamos nos esforçado, espremido,
gastado todas as nossas forças e pedido a Ele pra nos ajudar, é porque não era
necessário. Deus não contava com aquilo. Pelo menos não naquele dia e saber
disso nos vai trazer muita paz.
O segundo obstáculo pra rezar mais é achar que é muito difícil. Ora, amar
requer sacrifício. No ultimo recolhimento que eu assisti aqui em Brisbane eu
ouvi a seguinte frase de Santa Teresa: “love to be truth has to hurt”. O amor
pra ser verdadeiro tem que custar, tem que tirar a gente da zona de conforto,
dos nossos esquemas. Se não, não é amor: é comodismo, conveniência... .
2)
Ser mais organizada. São Josemaria dizia:
“Virtude sem ordem? Estranha virtude”. Eu já imaginava que Deus estava pedindo
mais organização da minha parte ainda mais sabendo que esse ano virá mais um
pimpolho lindo por ai trazendo muita alegria mas também mais trabalho e exigência
de desprendimento da nossa parte (em especial de mim e do Matt). Então um dia
fui escutar o áudio da Vi, minha irma mais velha, que é uma das pessoas mais
organizadas da face da Terra e um grande exemplo pra mim. E no fim, ela dizia
que ela havia acabado de conversar com uma grade amiga que nós temos em comum e
essa amiga disse: “eu só dei conta de tudo quando os filhos eram pequenos
porque eu sou muito organizada”. Então eu fiz alguns propósitos com relação a
isso que já estão se mostrando muito bom e eficazes. Um deles foi dar atenção aos pontos que eu não
dava tanto simplesmente porque não me agradam. Um deles é limpar a geladeira
semanalmente. Kkkk eu morro de preguiça!! Aí um dia eu queria fazer uma receita
que levava cream cheese e eu sabia que tinha na geladeira e não estava achando.
De repente vi ele lá no cantinho, espremido e: vencido! Só naquele dia eu joguei fora uma três coisas
que haviam vencido e eu não vi por pura preguiça de arrumar a geladeira. Então
agora eu fiz o proposito de todo domingo no final do dia arrumar e limpar a
geladeira e assim já me programo pra fazer o que tem lá mais velho, aproveitar
coisas, etc. e está dando super certo. Só essa semana eu fiz um antepasto de berinjela
com umas sobras, uma torta de zuquini com calabresa...
3)
Lembrar que a dificuldade gera a graça. As vezes
no começo do dia eu fico pensando em todos os leões que eu tenho que matar
e me vem a tentação de pensar: “será que
eu vou dar conta?”.
Então aqui uma coisa que aconteceu comigo no ano passado: o Lucas tinha
uns seis meses e eu estava na missa das 8 da manhã na Catedral. E naquele dia
eu fui à missa sem o Matt porque ele tinha reunião. Já fazia meses que eu não
dormia uma noite inteira, que eu estava exausta e o Lucas era muito agitado. No
meio da missa ele começou a ficar muito inquieto e eu comecei a ficar meio
desesperada. Aí eu pensei: “vou dar um pouco de mamá porque assim ele sossega e
quem sabe até dorme”. Coloquei ele no peito e ele já virou e quase caiu no
chão. Eu levantei super rápido e quando eu levantei, eu senti uma “brisa” na
minha barriga no lado esquerdo...kkkk. eu estava com a blusa toda de fora no
meio da catedral. Me deu nos nervos e
pela primeira vez em mais de dez anos eu comecei a considerar não ir mais a
missa diária. Então eu fui falar com o padre Peter meu diretor espiritual aqui
e ele me falou umas coisas maravilhosas que eu vou levar pra sempre comigo. Ele
disse: “Elisa, eu sei que não é fácil e eu converso com outras mães que estão
na mesma situação. Mas eu penso que Deus vê cada sacrifício que vocês fazem pra
estar mais perto Dele todos os dias e Ele da muitas graças pra mães como você”.
Pronto: não precisou de mais nada... realmente, quantas graças Deus tem cumulado
na minha vida...a graça que Deus nos da é sempre imensamente maior que qualquer
sacrifício que fazemos por Ele.
4)
Não subestimar o que é pequeno. Ouvi uma
historia da Kimberly Hahn que é muito linda e mostra como a gente pode e deve
amar através das pequenas coisas. Certo dia ela estava recolhendo as roupas do
varal e por cima daquela pilha imensa estava
a camiseta do filho mais novo que havia sido do filho mais velho (acho que eles
têm 6 filhos). Aí ela pensou: “isso que eu faço é inútil: lavar, estender,
passar... quantos anos fazendo isso”. Aí, movida pelo Espirito Santo ela
pensou: “não, isso não é inútil. Quantas
vezes eu AMEI meu marido e meus filhos fazendo isso!!”. Ahhhhhh, que lindo!
Então
mais um episodio que aconteceu esses dias: eu e o Matt tínhamos acabado de
voltar do supermercado e esquecemos de comprar fraldas...aí no dia seguinte eu
comentei com ele que teria que dar um pulinho no super e comprar mas o dia
seria super corrido pra mim. Mas anyway, eu iria porque ficar sem fralda não
da´... aí na hora do almoço eu estava terminando de arrumar a cozinha e o Matt
veio entrando com um pacote de fraldas! Era dia de semana e ele nunca almoça em
casa porque nós moramos bem longe do centro da cidade onde ele trabalha e
Brisbane tem muito transito. Ele sacrificou a hora do almoço pra trazer as
fralas... “obras é que são amores”
5)
“Afection always wins”- o afeto sempre
vence. Esse pensamento foi tirado do
livro maravilhoso que eu estou terminando de ler e que depois vou dedicar um
post só pra ele: o livro traz varias historias de famílias e uma delas é a de
uma mãe falando do episodio ocorrido com seu filho de 7 anos. Ele falou a “f
word”- o palavrão que em português também começa com f. kkk. Aí ela deu bronca
e falou que ele não podia mais falar aquela palavra. O menino ficou super
contrariado e falou pra mãe: “mãe, resolvi que eu vou mudar de casa e morar
sozinho”, e a mãe respondeu: “é filho? Mas quem vai cozinhar pra você? Aí ele
disse: “eu vou levar uma banana (kkk)”. Aí a mãe mais uma vez: “mas e quem vai
arrumar sua cama? E ele falou: “vou morar na minha barraca de camping”. Aí por
fim a mãe falou: “E quem vai te dar abraços?”. Aí o menininho: “hum.... eu acho
que vou ficar”. Eu estou aprendendo isso e passei a prestar mais atenção por
causa do Matt que é o homem mais gentil que existe e ele me fala que as vezes
eu tenho um jeito muito “latino” de agir e responder. E eu comecei a prestar
atenção que é mesmo e como o próprio Matt diz: não é o que a gente fala mas o
modo como a gente fala. Se nós não somos “kind”, gentis, educados, nós podemos
até ter razão, mas a gente acaba perdendo...
6)
Estreitar ainda mais a relação com Nossa Senhora.
São Josemaria dizia: “eu quero que vocês
me imitem só em uma coisa: no meu amor por Nossa Senhora.” Eu tenho Nossa Senhora como minha melhor amiga
todos os dias e em todos os meus apertos eu recorro a ela: desde os pequenos:
Maria, me ajuda porque o Lucas não ta comendo, Maria , me ajuda porque eu to
muito cansada...
No
primeiro milagre de Jesus em Cana da Galileia, Maria intercedeu por uma coisa
que aparentemente nem era de tanta importância: estava acabando o vinho do
casamento mas ninguém ia morrer por causa disso. Mas Maria se preocupa com os
mínimos detalhes de seus filhos. Como eu li esses dias: “Deus podia ter feito
um mundo melhor mas não poderia ter escolhido uma Mãe mais perfeita.”
Feliz
2018 a todos!