Bom dia/ boa noite gente!
Esse é o segundo post do blog e antes de começar queria
dizer que fiquei muito, muito feliz com todas as mensagens, comentários,
feedbacks de tantos amigos e amigas que elogiaram e também pediram mais! Adoro
ler todos e vibro com cada um! Então vamos lá:
Não vou contar mais nada sobre minha infância porque
realmente não teve nada demais. Somos
cinco irmãos e como nossas idades são bem espalhadas, teve época em que na
minha casa tinha de tudo: adolescente, pré- adolescente, criança, bebê e recem
nascido. Sim, minha mãe é uma santa! E nós crescemos em um lar super saudável, cheio de amor, paz e
fé.
Porém a questão da fé começou a mudar bastante no fim da
minha adolescência/ começo da vida adulta. Foi quando eu comecei a rezar pedindo um
namorado e de uma forma bem superficial. E nós seres humanos somos engraçados: nós
geralmente pedimos a Deus uma pessoa generosa, íntegra, trabalhadora, paciente, fiel, que vai ser um
bom pai/boa mãe, etc. Mas e nós? Nós trabalhamos as nossas virtudes para
realmente “merecer” essa pessoa que estamos pedindo? Eu pelo menos não estava
fazendo nada disso e eu acho que Deus pensava com toda razão que eu não estava
preparada pra isso. É como diz minha mãe: “Não adianta dar feijoada pra neném”.
Então agora eu começo com alguns detalhes sobre todo o processo da minha
conversão que me possibilitou, 10 anos depois, conhecer esse cara tão
fantástico que eu estava pedindo.
Em 2005 eu fui contratada pra trabalhar no banco Itau na
área comercial. Foi meu primeiro emprego formal e eu estava muito feliz! Entretanto, as coisas não foram tão
maravilhosas quanto eu estava imaginando. Trabalhar em área comercial de banco de
varejo no Brasil é bem desafiador : meta atrás de meta, cliente enfurecido e
muita pressão. O rock é pesado em
agência.
Nessa mesma época eu tive um namoro rápido e não muito
edificante, que me afastou ainda mais de Deus. Pois é, essa foi uma época em
que eu estive bem longe de ser uma cristã exemplar. Minha vida de oração se
resumia a ir à missa aos domingos sem prestar muita atenção, fazer uma ou outra
oração e só.
Tudo isso: o trabalho estressante, o namoro errado com o
cara errado e a fé fria foram me deixando cada vez mais triste. O mais
engraçado é que quem visse de fora devia pensar que a minha vida era perfeita.
Afinal de contas eu morava em uma casona em um condomínio em Ribeirão Preto, tinha uma família linda e
unida, um emprego relativamente bom e eu era jovem e saudável. Mas faltava o
essencial: eu já não estava em estado de graça há um bom tempo: minha alma
havia embolorado. E isso mudava tudo.
No belíssimo filme “Perfume de mulher”, Al Pacino interpreta
com maestria um ex-coronel do exército
americano. Em uma das últimas cenas do filme o personagem de Al Pacino comparece
a uma sessão no tradicional colégio Baird onde algumas figuras ilustres do EUA
haviam estudado. O coronel faz um discurso magnífico (a cena é memorável) em
que ele diz “Eu estive na guerra e vi jovens como estes terem os braços
dilacerados, as pernas arrancadas. Mas não há nada mais triste do que ter o
espírito amputado. Porque para isso não há prótese”. Apesar de eu simplesmente
amar esse filme e essa cena em especial, eu discordo da parte final: para o espírito há
sim prótese.
Voltando: depois de
um tempo as coisas começaram a mudar. Dessa vez pra melhor.
Eu durei longos 20 meses trabalhando em agências na área
comercial quando surgiu a maravilhosa oportunidade de ir trabalhar no
corporativo do banco em sp. Mudei de mala e cuia pra cidade doida! E aí começa
a primeira parte da minha conversão.
Eu cheguei em sp em abril de 2007 e logo de cara AMEI minha
nova função e a equipe. Era todo mundo muito gente boa e nosso coordenador e
superintendente eram muito legais! Nossa equipe era responsável pela melhoria
de processos internos do banco e meu trabalho era de detetive- identificar
falhas nos processos e propor melhorias. Eu era a Poirot do Itau!
Mas como nem tudo é perfeito, logo eu comecei a perceber uma
característica estranha do pessoal de sp e eu pensava: “essa cidade é muito
pagã!! Ninguém reza, as famílias nunca se encontram, todo mundo só pensa em
dinheiro, PLR, bônus”... que doidera! Uma coisa que eu achava muito estranho
(pode parecer um detalhe mas é emblemático) era o fato de que ninguém almoçava
em família aos domingos. Eu via aquelas praças de alimentação lotadas aos
domingos com aquele monte de gente comendo sozinha...pra vcs terem uma ideia de
como isso tudo parecia estranho pra mim, eu e a Vi, minha irmã mais velha, já
éramos marmanjonas quando nós começamos a almoçar fora de domingo com amigos,
namorado, etc. Meu pai ficava emburrado se a gente ia almoçar fora!! E pra falar a verdade, era uma delícia almoçar
em casa. Aquele bando de gente, uma farofada! E o melhor: meu pai que cozinhava
aos finais de semana! Quem já comeu a comida do Betão sabe do que eu estou
falando..
Então eu comecei um processo de achar que eu precisava voltar
pra Deus. Matutei um tempão e um belo dia à tarde eu estava lá no banco e
lembrei da Bi, uma amiga da minha mãe do Opus Dei que morava em sp e ia sempre
jantar com a gente em Ribeirão . A Bi é uma senhora portuguesa muito culta,
muito sábia e o melhor: muito santa. Era com ela que eu precisava falar!
Liguei pra ela e combinamos de nos encontrar. Fui até o
Butantã (onde ela mora): longe pra caramba de onde eu morava em sp. Eu não
tinha muita ideia de como dirigir em sp (até hoje não tenho) mas fui que fui. É
impressionante como Deus vai abrindo o caminho quando Ele percebe uma intenção
reta no nosso coração de achá-lo novamente.
Resumindo muito aquela conversa que nós tivemos: ela foi um
doce como sempre e me deu alguns conselhos, entre eles o de voltar a ter
direção espiritual com um sacerdote. E foi o que eu fiz! Uma das melhores
decisões que tomei na minha vida.
Por hoje é só. Vou colocar o link da cena do filme pra quem quiser relembrar.http://mais.uol.com.br/view/fl5f1xo1art6/cenas-do-filme-perfume-de-mulher--discurso-de-al-pacino-04026CC4C10307?types=A
Um beijo e fiquem com Deus!
Demais...adorei sua escrita, é como se estivesse falando pessoalmente...saudades
ResponderExcluirQue lindo.... Obrigada por compartilhar a sua vida. Estou em busca do Meu José, e mesa momento busco me formar para ser uma pessoa melhor e levá-lo a santidade.
ResponderExcluir