Bom dia/ boa noite pessoal!
Esse é nosso oitavo post!!!
No último eu terminei na hora em
que eu conheci o Martin e a Janet (o casal de australianos que estava na
beatificação).
Então, quando nós estávamos no
metrô, o Martin pegou meu email e tirou uma foto minha, da Janet e da Joan, uma
outra senhora que estava com eles também.
Finalmente, no final da tarde nós conseguimos um taxi que nos levou de volta
onde nós estávamos hospedados. Eu me despedi deles e fiquei com aquela
impressão: “que casal mais maravilhoso que eu acabei de conhecer”.
De Madri eu fui passar três dias
em Barcelona para conhecer a cidade. E então,
depois de Barcelona acabou minha viagem e eu retornei ao Brasil.
Quando eu já estava de volta a
Ribeirão, abri meus e-mails e vi um email de quem??? Do Martin! Ele dizia mais
ou menos assim: “aqui é o Martin, eu estou te mandando um artigo que escrevi
sobre namoro cristão e castidade e que eu estou submetendo ao melhor jornal
católico da Australia, cujo editor chefe é meu amigo Matt que tem 35 anos (ele
tinha 37, mas ok...rs) e que está procurando uma esposa santa também! E
gostaria de saber se posso dar a ele seus contatos... Ahhhhh, fala sério???
Então, pra explicar um pouco
dessa parte do artigo, é o seguinte: eu, o Martin e a Janet conversamos muito
sobre os relacionamentos de hoje em dia, de como é difícil encontrar pessoas
que queiram viver um namoro santo, casto e também por outro lado de como isso
tudo (um relacionamento puro) é lindo e agrada a Deus.
Como nós vivemos em um mundo
extremamente hedonista, imediatista, sexualizado, muita gente não consegue
enxergar a beleza da pureza e da castidade, do amor sacrificado, da doação
e aí vem aquela ladainha: namoro
sem sexo? Em pleno século XXI? Sim! Há inúmeras formas de discorrer sobre isso
mas não vou entrar em muitos detalhes. O que posso dizer é que Deus não segue o
caminho de Shumpeter, um dos teóricos do marketing que cunhou a expressão
“destruição criativa”, onde uma invenção destrói a imediatamente anterior,
gerando assim uma evolução. Com as leis e os planos de Deus, não há destruição
criativa. Há dois mil anos, o caminho para se chegar a Deus não mudou e pode
ser bem resumido por: oração, trabalho, penitência e por fim, seguir os
mandamentos... e pra quem não sabe, esse é o 6º mandamento.
Mas não pensem que é fácil entendê-lo.
Eu mesma, como já disse, passei anos longe de Deus e “fabricando” meus próprios
mandamentos, inclusive e principalmente sobre a castidade. Eu levei anos pra entendê-la e várias coisas
me ajudaram a compreender esse lado da fé, entre elas o fato de que as pessoas
mais felizes, genuinamente felizes que eu conheço, vivem a castidade.
O papa Francisco, em seu
maravilhoso novo livro “The name of God is mercy” (não sei como traduziram para
o português, mas ao pé da letra é: “O nome de Deus é misericórdia”, fala sobre
o romance de Bruce Marshall “To every man a penny” em que o protagonista da história,
o padre Gaston está ouvindo a confissão de um jovem soldado alemão que os
franceses estão para matar. Então o soldado relata os inúmeros casos amorosos
que ele teve. O padre então diz a ele que ele tem que se arrepender para obter
o perdão e a absolvição da confissão. Mas ele diz : “como eu vou me arrepender
se foi uma coisa que me trouxe muito prazer? E que se eu pudesse faria de novo?”
Então o padre Gaston que queria absolver o soldado, tem uma inspiração e diz:
“Mas você sente muito por não sentir muito? (are you sorry that you are not
sorry?). Então o soldado diz que sim, que ele sente muito por não sentir
muito...
Por que eu estou contando isso?
Porque acho que nessa época em que eu comecei a voltar para Deus e ainda não
entendia a vontade dEle para os homens em relação à castidade, eu dizia, mesmo
que em outras palavras, a mesma coisa que esse soldado: “I´m sorry that I´m not
sorry”. E acho que essa contrição do meu coração, ainda que imperfeita, mas
sincera, foi fazendo Deus agir, pela ação do Espírito Santo na minha alma.
Uma das coisas que eu lembro bem
da minha fase de namoro com o Matt e que me deixava muito feliz é de como foi
uma fase de muita tranquilidade. Eu me lembrava de paqueras antigos que me
deixavam totalmente angustiada, grudada no celular o tempo inteiro. Com o Matt
não teve nada disso. Eu simplesmente pensava: “meu namorado é super legal,
gato, inteligente, interessante, e etc. Há com certeza várias mulheres que não
se importariam nem um pouco de ir pra cama com ele apenas por uma aventura. Se
ele está comigo, vivendo um namoro correto e puro, é porque ele realmente me
ama”. A castidade em minha opinião poderia ser bem resumida a isso: união entre
a sexualidade e o amor verdadeiro.
Hoje, algum tempo depois e já casada,
eu vejo ainda mais os infinitos benefícios de se viver a castidade, além do
maior que, claro, é ter uma vida agradável a Deus. Outra coisa é que viver a castidade supõe
exercitar a fortaleza, uma virtude que começa a se mostrar essencial já nos
primeiros dias depois do casamento. Como
diz uma amiga minha, mãe de cinco filhos e que viveu e vive uma vida muito reta
e santa com o marido: “eu vivi dez anos cheirando regurgito de neném. Se não fosse a castidade, não sei onde e como
nós dois estaríamos”. Eu sempre me lembro dessa amiga, em especial hoje que eu
sou dona de casa e que meu marido sai todos os dias de manhã pra trabalhar de
roupa social, banho tomado, barba feita, e etc... Pra finalizar, eu penso que como Deu
sabe que é um desafio para os casais viverem a castidade, Ele derrama inúmeras
graças a quem decide vive-la.
Voltando: eu li o email do Martin e claro que entendi que ele estava
tentando “juntar” nós dois. Vieram-me vários pensamentos à mente e um deles
foi: meio platônico, né? O cara que eu nem conheço e ainda por cima mora
literalmente do outro lado do mundo!! Bendita (ou maldita) atitude que nós
temos de achar tudo difícil e esquecer que para Deus não há impossíveis. “Eis
que vos digo que para os homens isso é impossível, mas para Deus nada é
impossível”.
Mas aí, o que eu fiz? Pensei:
vamos dar uma bisoiada nesse moço...pesquisei ele na internet e cada coisa que
eu ia lendo, pensava: “que cara animal!! Meu número!! Kkkk. Então eu agradeci o
contato e falei que claro, podia dar meus dados (só não mandei o tipo sanguíneo
porque achei desnecessário naquele momento...kkkkk).
Quatro dias depois o Matt me
adicionou no facebook e nós começamos a conversar!!!
Falei demais de novo!
Por hoje é só.
Uma abençoada Semana Santa a todos,
beijos e fiquem com Deus!
Querida! Agradeço muito a Deus por ter conhecido o seu blog. Tenho 24 anos e estou na busca do "meu José" . E Deus tem derramado tantas graças em relação a minha vida afetiva que o que eu mais quero é difundir o Amor Dele. Passei por um relacionamento que me fez pensar sobre isso. Hoje esse rapaz é um grande amigo é desejo toda a felicidade. Louvo a Deus por ter conhecido ele, pois me fez repensar nos verdadeiros valores.
ResponderExcluirObrigado também a vc que compartilha a sua vivência na fé.