quinta-feira, 5 de abril de 2018


“Coisas que aprendi”
Bom dia/ boa noite pessoal!
Depois de um período “out” devido a umas maravilhosas férias no Brasil, estou de volta! E nesse post eu queria escrever sobre as coisas que aprendi nos últimos anos da minha vida. Então eu fiz como ultimamente eu faço: por itens e dividi o post em dois pra não ficar cansativo. Então essa é a primeira parte.
Espero que gostem! Bjs!

1-      “Nom mea voluntas”
Esse primeiro item eu resolvi colocar por causa do que aconteceu recentemente comigo na nossa volta pra Australia há pouco mais de 15 dias e que eu vou contar agora.
Como todo mundo sabe, a viagem Brasil- Australia é uma odisseia.  Serio: é muito longa e cansativa e com uma criança agitada de quase dois anos e estando gravida, vocês já imaginam como fica mais “interessante”. Por isso, nós resolvemos quebrar a viagem e ficar umas horas no Chile e ir pro hotel, descansar, colocar as pernas pra cima (gravidas têm bem mais risco de embolia em avião). E a Vi minha irmã viria comigo (e veio). Tks infinitamente dinda!

Pois bem, fizemos isso. Nós saímos de São Paulo e chegamos no chile umas 2 da tarde e fomos pro hotel. Assim que nós chegamos, nós descemos pro saguão  pra almoçar. Eu estava indo alguns passos a frete e a minha irmà atrás com o Lucas. Foi uma questão de segundos em que eu fui pegar o cardápio pra ver o que eu podia dar a ele e ela foi colocar a mochila pra guardar uma mesa e quando nós olhamos:  “Cadê o Lucas?”. Pois é.  Em segundos nós começamos a olhar pra um lado, pro outro e não o víamos mais.  Eu sai correndo, gritando, chorando e quanto mais as pessoas olhavam pra mim com cara de: “não sei, não vi”, mais desesperada eu ficava. De repente um guarda do hotel (um anjo!) falou: “ele deve estar no elevador!” . O que aconteceu:  ele ama elevador (e escada, e tudo que não pode brincar), então ele entrou no elevador e este devia ter um censor ou timing, sei lá e o elevador fechou. Com a graça de Deus, ele não foi nem pra cima, nem pra baixo. Isso tudo deve ter durado super pouco, uns 3, 4 minutos mas foram os mais longos da minha vida e a consequência disso tudo: eu comecei a ter contração. Acho que juntou o cansaço, o estresse, o susto, etc. Depois que nós o achamos eu pensei: “não vou conseguir chegar na Australia, vou entrar em trabalho de parto daqui a pouco e a coisa vai ficar feia”. Bom, tem vários detalhes mas pra não ficar cansativo: eu entrei em contato com meu medico do Brasil que falou que eu deveria passar por uma avaliação medica (o que era impossível). Eu tinha três opções: ficar la no Chile e esperar, voltar pro Brasil (num primeiro momento me parecia a melhor  opção) ou seguir em frente e enfrentar um voo de 13 horas depois outro de mais 4. Nenhuma opção na verdade era boa...Ai eu pensei uma coisa: “eu só quero rezar”. E esse é o ponto mais importante do meu post de hoje: nas encruzilhadas da vida, que chegam pra qualquer um inexoravelmente, como saber qual caminho é o melhor? Rezando!! E quando a gente reza sem saber o que fazer, essa jaculatória é talvez uma das melhores coisas que podemos dizer a Deus e que foi o que Nosso Senhor disse ao Pai nas horas extremas antes da paixão: “Nom mea voluntas”- ou seja: “não se faça a minha votade” mas a Tua.  A vontade de Deus pra nós é sempre o melhor caminho e o que nos fará  felizes, embora muitas vezes na hora a gente não consiga enxergar...

Depois de uns minutos de oração bem recolhida e vários copos de agua, eu percebi que Deus falava pra mim: “Vai, vai que eu não vou te abandonar”.  E foi o que eu fiz: rezei a viagem inteira, pedindo sempre e como sempre, a ajuda da nossa Mãe Santissima e chegamos todos bem aqui! Obrigada Senhor!

E só pra terminar esse item: essa jaculatória que pode bem ser uma oração pra nós todos os dias não serve só pra quando estivermos em situações mais drásticas como essa. Serve também em todas as situações aparentemente sem relevância do nosso dia, quando não sabemos exatamente a hierarquia de importância das inúmeras coisas que nos temos que fazer e as vezes, qual delas escolher porque não teremos tempo de fazer todas. “Nom mea voluntas, Senhor”, me mostre o que o Senhor quer que eu faça agora, qual caminho seguir...

2-      Ter bons e reais exemplos e lembrar-se de que mesmo nossos melhores exemplos não viverão a nossa vida.

Vou começar contando um episodio que aconteceu há quase dois anos um pouco do Lucas nascer e que além de engraçado, se relaciona com esse item. Meus pais tinham acabado de chegar pela primeira vez na Austalia. Eles chegaram uns dias antes do nascimento e foi aquela alegria. Como os dois têm muita energia, no dia seguinte, mesmo eles estando embaralhados com o fuso e terem quase 70 anos, eles já começaram a me ajudar na casa: meu pai foi pra cozinha fazer almoço (ele cozinha maravilhosamente bem!) e minha mãe foi fazer faxina! Aí eu estava conversando com eles e de repente minha mãe vem da minha “área de serviço” (que na minha casa é na nossa garagem) e fala: “Filha, onde você guarda ferro e tabua de passar roupa? Vou passar essas roupas aqui”. Eu falei: “não sei mãe, eu não passo roupa”. Ela falou: “como assim, você não passa roupa?” e eu respondi: “uai, assim: não passando”....kkkk

Aí meu pai deu aquela risadinha de canto de boca e os dois se olharam, tipo: “quem é esse ET que nós criamos?, onde foi que nós erramos??”....kkk

Pois é, eu expliquei pra minha mãe que aqui na Australia as coisas são diferentes, são mais praticas, são mais caras e que a gente acabou se adaptando assim.

O fato é que os meus pais sempre foram o melhor exemplo pra mim, inclusive de logística de lar. Os dois são muito organizados: meu pai é por natureza mesmo e minha mãe acho que acabou aprendendo e também percebendo que ela teria que ser assim pra dar conta de uma família grande e etc. Enfim, o que eu quero dizer é que, muito embora eles sejam um maravilhoso exemplo pra mim, depois que eu me casei, eu cheguei a uma conclusão um tanto obvia mas também as vezes difícil de perceber (mesmo que inconscientemente): eu e o Matt estamos construindo o nosso lar, a nossa família, com as diferenças que nós temos de todas as outras do mundo. As vezes, talvez por ter meus pais como tão extraordinários, eu ficava achando que tudo da minha casa teria que ser igual a eles, ao jeito deles. E isso não é verdade. Então eu não passo roupa e somos muito felizes...kkk.

Ainda sobre esse item e pra terminar esse post: Deus colocou alguns exemplos maravilhosos de mulheres que eu admiro muitíssimo aqui em Brisbane e que servem muito de farol pra mim. Umas delas é uma amiga que também á católica e ela e o marido estão esperando o quinto filho (e eles são mais novos que eu..rs). Eu gosto muito de cada vez que eu encontro com ela porque ela sempre me ensina. Uma das ultimas vezes em que nós nos vimos, ela disse que a mais novinha das filhas dela (que deve ter uns 22 meses), estava quietinha no canto da sala comendo alguma coisa e ela suspeitou...kkk. A hora que ela chegou perto e viu, era uma barata morta! Kkkk. E eu fiz aquela minha cara de espanto e oerguntei: “você quase desmaiou?” e ela falou: “não, tirei da boca dela e continuei fazendo o que eu estava fazendo”...o exemplo dessa minha amiga, me mostra bem que além de tudo, nós temos que:  “take it easy”... criar uma família não é fácil e eu acho que umas das coisas que eu estou aprendendo também com esses exemplos de mães, esposas  e mulheres maravilhosas que Deus tem posto do meu lado, é que a gente tem que relevar, relaxar, ser muito serenas... a sanidade mental de uma família esta muito relacionada ao comportamento da mãe... e é esse o item do próximo post... mas já escrevi demais por hoje.

Por hoje é só!
Mil beijos e fiquem com Deus!

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