“Mães coléricas”

Bom dia/ boa noite pessoal!

Depois de um longo recesso: estou de volta! E falando como sempre das mesmas coisas (rs): casamento, filhos, fé....e o tema do post de hoje é esse que vocês viram aí em cima: “mães coléricas”

Esse papo começou há algumas semanas porque eu comprei esse livro “Os 4 temperamentos na criação do seu filho” do Italo Marsilli.  O ítalo, o autor e a esposa, a Samia são médicos. Ele psiquiatra e ela pediatra. Ele tem um baita currículo e os dois são pais de 6 filhos (o sexto a caminho). E ai eu comecei a ler pra entender mais sobre o comportamento dos meus filhos, pra saber lidar com as diferentes fases, ciúme, transições, etc e veio  o efeito colateral:  eu comecei a entender o meu próprio temperamento! Kkkkkk. E foi um pouco chocante...

Basicamente, os comportamentos são divididos em quatro: colérico, fleumático, sanguíneo e melancólico.

Aí me deu um frio na barriga ao ler o temperamento  colérico, suas características e pior: seus defeitos dominantes. Eu pensei:  ai, ai, eu sou uma mãe colérica! (quer dizer: acho que sou colérica com sanguínea mas enfim...). Uma das características desses temperamentos é a explosão- no geral pessoas assim tendem a dar aquela espanada quando contrariadas, frustradas, nervosas, sob muita pressão, etc. E nem é preciso dizer que isso é muito ruim pra paz familiar e também pra educação dos filhos.

Então, lendo o livro eu comecei a lembrar de algo que tinha acontecido: um dia eu estava fazendo uma torta pro jantar e a Bernadette estava na cadeirinha e o Lucas zanzando pra lá e pra cá. Eu estava super estressada e preocupada com tudo: com a torta, com a segurança da Bernadette porque o Lucas dá uns safanões nela de vez em quando, com o forno quente e etc. Aí o Lucas veio do meu lado e queria pegar as coisas da gaveta da cozinha pra brincar.. só que cada vez que ele chegava perto eu morria de medo de ele se queimar no forno... de repente, ele veio vindo, parou atrás de mim, eu fui me virar e nem vi que ele estava atrás e quase cai em cima dele... foi aquela gota d’água no oceano de stress que eu estava. Eu comecei a gritar com o fouet na mão, pingando massa no chão...(kkkk) um horror. A hora que eu olhei pra carinha deles, estavam os dois olhando pra mim super assustados. Fiquei MUITO chateada comigo mesma e me prometi não fazer mais isso....

Ai, depois do choque inicial (kkk), eu comecei a falar com Deus: “ poxa Deus, não quero que meus filhos tenham problema por causa de mim, por causa do meu mau gênio, dos meus “pitis”... e aí, depois de muita oração, eu cheguei a essas 3 conclusões que são a razão de ser desse post

Primeiro: depois que comecei a ler o livro e também a lembrar desse ocorrido e de outras vezes em que eu perdi a paciência, eu comecei a pensar: “meus filhos vão ser todos desajustados por causa do meu temperamento! O que eu faço?”. Porque eu estou cada vez mais convencida de que a mãe é muito importante pro lar. O nosso comportamento reflete diretamente na saúde da família, dos filhos, da felicidade do casal, etc. Aí Deus falou bem claro pra mim: “Larga de ser boba Elisa, se fosse assim, toda mãe colérica estaria fadada a ter filhos desajustados e lares com problemas.... “, 

resumindo então esse primeiro ponto: Deus não trabalha em nós, não nos melhora APESAR dos nossos defeitos. Ele nos melhora COM e ATRAVES dos nossos defeitos. Se você é, assim como eu, uma mãe ou pessoa de temperamento mais explosivo, Deus com certeza vai se servir disso pra tirar muitos frutos. E é totalmente possível, alias, necessário, que nós sejamos boas mães mesmo com esse ímpeto por vezes tão difícil de ser controlado. E o primeiro passo pra isso é: oração!! Nós devemos pedir sempre e cada vez mais a graça de Deus pra estarmos sempre sorrindo e servindo nossa família com paciência e alegria. Esses dias eu li algo muito bonito de Santa Teresinha do Menino Jesus: “meu rosto é meu mas meu sorriso é daqueles que eu amo”. Nossa família: marido, filhos, amigos, colegas de trabalho merecem nosso sorriso.

Segundo passo pra melhorar:  entender o que te causa isso. Eu vi, por exemplo, que falta de ordem me deixa nervosa. E também vi, depois de um pouco de oração, que se eu tomar algumas iniciativas pequenas, o resultado é muito grande e satisfatório. Então por exemplo: antes de dormir eu procuro deixar a cozinha arrumada e o Matt da uma geral na sala: brinquedos, lixo, etc. E eu percebi que eu acordo outra pessoa!. Tentar fazer o almoço/ janta na hora que as crianças estão tirando a soneca, por exemplo, também foi uma mudança que eu estou tentando implantar e que da muitos frutos... e assim vai

A terceira (e ultima desse post): andar sempre na presença de Deus e de Nossa Senhora. Eu sempre fico pensando em todas as contrariedades que Nossa senhora sofreu na vida. Mas ela sempre se manteve em paz. Então nesses momentos de muito cansaço, frustração e até de desalento, eu sempre peço a Ela: “maesinha, me ajude a tratar meu marido, meus filhos com o mesmo carinho com que a Senhora tratava o menino Jesus. Com que carinho a Senhora o abraçava? Com que ternura e paciência respondia as suas perguntas, cuidava dEle? Me ajude a ser uma mãe assim...

Por hoje é só.

Mil beijos e fiquem com Deus