quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Bom dia/ boa noite pessoal!

No post de hoje eu vou tentar varrer todo o período de 2009 até 2014 para no próximo já entrar na parte em que o Matt entrou na minha vida!! Ehhh

Eu terminei falando da minha doença e de como tudo se resolveu da melhor maneira possível.
Mas como nem tudo são flores, os anos depois de 2009 foram bem difíceis pra minha família por causa da nossa situação financeira. Nós passamos por um período realmente turbulento. Mas minha intenção nesse post não é falar sobre os detalhes do nosso perrengue, mas como Deus tirou muitos frutos dele.

O mais importante, no sentido pessoal (sim, porque houve frutos na família e também os que cada um colheu por si) foi a minha busca pela santidade. Eu já há alguns anos vinha meditando sobre a chamada que Jesus fez a todos nós para sermos santos: “Sede perfeitos, como meu Pai celestial é perfeito” mas acho que ainda não estava totalmente convencida de que esse era realmente o caminho a ser seguido ou pelo menos ainda não entendia direito. Então um dia, fazendo minha oração mental pela manhã, li o capítulo “Santidade” do livro Caminho de São Josemaria Escrivá.  São Josemaria, o fundador do Opus Dei, no primeiro ponto, diz que a santidade reduz-se a parecer-se cada vez mais com Ele (Jesus), que é o único e amável Modelo. E o que a minha busca pela santidade tinha a ver com aquela agrura financeira toda pela qual estávamos passando? Tudo. Afinal de contas, Ele também disse: “ Quem não tomar sua cruz e me seguir, não é digno de mim” .

Muitas pessoas abandonaram Jesus nesse momento e continuam a abandoná-lo nessas horas de aflição e sofrimento por acharem que isso “não faz sentido”.

Peter Seewald, um dos meus autores espirituais preferidos, fala sobre isso em seu livro “Meu Deus- por que voltei pra Deus”. Coloco agora um trecho dele: “Um dos meus irmãos, ateu apaixonado, acha que há paradoxos demais no cristianismo. Está inteiramente certo. Um Messias montado num burro. Um Salvador que não pode salvar-se a si mesmo e não desce da cruz... que Deus é esse, que não se volta para os poderosos, mas para os doentes e pecadores? Um Onipotente que se deixa humilhar, que por compaixão pela sua criatura assume toda a sua dor e, no seu amor, se ajoelha para lavar-lhe os pés...”

Lendo tudo isso, alguém pode sentir a tentação de desanimar na busca pela santidade pessoal por achar, em certo sentido de forma lógica, que não quer seguir esse caminho por achar que sofrer é ser triste. Então como nós estamos falando dos paradoxos do cristianismo, esse é mais um deles: a cruz é capaz de libertar e trazer alegria. Aqui falo da alegria verdadeira: aquela que só se encontra em Deus.

Conto agora uma história para ilustrar isso de forma mais pedagógica:  dois dias depois que eu me casei, eu e o Matt estávamos indo embora de Ribeirão pra lua de mel e de lá já viríamos pra Australia. Quando eu estava me despedindo dos meus irmãos (e chorando litros),  a Vi, minha irmã mais velha me deu um pacote e me falou: “esse é um presente de nós os irmãos” e depois ela me disse que era a foto que nós cinco tiramos na formatura do Nino, meu outro irmão, e que foi em uma época muito, muito difícil pra nós. Mas na foto da pra ver claramente que nós estávamos MUITO felizes! A foto é realmente linda (e fica na minha casa aqui) e quando eu olho pra ela eu penso em duas coisas: do tanto que a fé foi e é o componente essencial da nossa vida para encararmos todos os obstáculos.  Jesus não nos prometeu uma vida sem dificuldades e desafios, Ele deixou claro isso quando disse “Havereis de ter tribulação” mas Ele também diz:  “Eu venci o mundo”....e faz a melhor das promessas: “eis que estarei convosco até o fim dos tempos”. Por fim, a outra coisa que penso é que : nenhuma cruz, ou seja, nenhuma contrariedade é capaz de tirar a nossa alegria, essa alegria genuína à que me referi.

Já falei aqui em outro post que os santos foram as pessoas mais alegres de seus tempos, muito embora Deus não os poupou dos maiores sofrimentos para fortalecê-los na fé, a começar pelos primeiros apóstolos que morreram na maioria mártires. Essas pessoas têm muito a nos ensinar.

E pra fechar o post de hoje, completo falando sobre uma das vezes em que senti a voz de Deus de forma mais nítida durante minha oração. Foi logo que descobri que estava grávida e estava rezando pelo meu filho. Então todas as horas em que fazia isso eu pedia pra Deus: “Senhor, que ele seja muito feliz e muito santo”. Então ouvi de Deus a seguinte resposta: “Por que você pede a mesma coisa pra ele? Se ele for santo, já será muito feliz”.

É isso por hoje.
Beijos e fiquem com Deus!

Ah, algumas pessoas me escreveram pedindo pra que eu citasse alguns dos livros à que me referi nos posts anteriores. Então aqui vão dois:
11)    “Sede de sentido”- Vitor Frankl -psiquiatra judeu convertido ao catolicismo, viveu em um campo de concentração alguns anos e fez seus estudos a partir dessa experiência. Maravilhoso!
  2)   “A linguagem de Deus”- Francis Collins. Médico e pesquisador americano, um dos diretores do projeto “genoma humano” fala sobre a existência de Deus. Também maravilhoso!


domingo, 14 de fevereiro de 2016

Bom dia/ boa noite pessoal!

Hoje o post vai ser pesado como o terceiro mas é bem importante falar sobre ele...
Muito obrigada, como sempre, por todas as mensagens e comentários maravilhosos! Vocês estão sempre nas minhas orações!
Então vamos lá:

Por que vai ser pesado? Porque eu vou contar sobre o que eu considero a minha segunda conversão (e última, pelo menos até agora) . Apesar de que na verdade  nós devemos fazer a conversão do nosso coração diariamente. A Bíblia diz que “o justo cai 7 vezes ao dia”. Mas de qualquer forma, eu considero uma grande conversão essa fase e agora vou explicar por que.

Era o ano de 2009 e eu ainda estava morando em sp e ainda trabalhando no Itau, numa área que eu amei  e onde eu fiz grandes amigos (e que morro de saudades!).  Porém o ritmo estava puxado e eu estava me sentindo bem cansada.

Em fevereiro de 2009 eu estava passando um final de semana em Ribeirão e meu pai me chamou pra conversar e me propôs que eu voltasse pra Ribeirão pra trabalhar com ele. Eu agradeci mas declinei fortemente  porque pra falar a verdade não me via mais morando em Ribeirão. Eu gostava muito do meu trabalho em sp, dos amigos e do fato de que em sp você pode ter mais de 30 anos e não ser considerada  um E.T. por ser solteira.

Mas acontece que nessa mesma época (começo de 2009) eu comecei a “inchar”. Eu achava que eu estava engordando e que deveria ser algum problema hormonal e sempre deixava a ida ao médico pra depois. (É engraçado como às vezes nós negligenciamos nossa própria saúde).

Mas o tempo foi passando e um belo dia de maio de 2009 eu estava no trabalho e eu tive um momento epifânico. Eu pensei comigo: “Vou voltar pra Ribeirão e vou trabalhar com meu pai”. Assim: sem mais nem menos e depois ficou muito claro, pelo que aconteceu nos meses seguintes, como foi a ação do Espírito Santo.

Eu então avisei meus chefes, fiquei mais um mês no Itau e voltei com tudo pra Ribeirão no fim de junho de 2009. Quando fazia umas duas semanas que eu estava de volta, uma noite eu olhei pras minhas pernas e pros meus pés e me deu um calafrio: eu estava desfigurada de tão inchada. Fui mostrar pra minha mãe e ela na hora falou: “precisamos ir ao médico urgente!”.

No dia seguinte eu fui parar em uma médica nefrologista e nem precisou muito e ela me disse: “Elisa, você está doente. Só não sabemos ainda o que você tem”. E naquele dia começaram os dois meses mais longos e mais difíceis da minha vida.

A reação das pessoas quando se deparam com a cruz, ou seja, com uma contrariedade (em especial as grandes), seja ela uma doença, um revés econômico, a perda de um ente querido, um fracasso,  geralmente é binária. Ou nós nos revoltamos (e perdemos uma grande chance de tirar muitos frutos daquilo tudo) ou nós nos abandonamos inteiramente nos braços de Deus e aí provavelmente é o começo de uma fase profunda de conversão e purificação das nossas almas.

E graças a Deus comigo aconteceu a segunda opção, embora não tenha sido nada fácil. Sim, porque uma das conclusões que eu tirei com a minha doença é que quase ninguém está preparado o suficiente pra receber a notícia de que está doente. Por mais fé e abandonado em Deus que a pessoa esteja. O primeiro momento é sempre meio desconcertante e é exatamente disso que Deus se serve pra ir nos melhorando .

Nessa época, além da notícia de que eu estava doente, minha família também estava passando por uma crise financeira e a grana estava bem curta lá em casa. Tudo parecia ter desabado e a cruz de repente ficou pesada. Desde essa época então eu comecei a meditar com frequência a paixão e morte de Jesus, que aliás, é um exercício maravilhoso para todos os cristãos. Quando Jesus, depois de ter sido torturado ao extremo está  a caminho do Gólgota para ser crucificado, e já com a cruz às costas, Ele cai três vezes com seu corpo esgotado e chagado.. Então pedem (na verdade empurram) um homem chamado Simão  Cirineu  para ajuda-lo. Simão vai muito contrariado, mas em poucos segundos sua vida é transformada pra nunca mais voltar a ser ao que era antes. Diante daquele rosto com tanta dignidade apesar de todo sofrimento, e daquele olhar tão doce como o de Jesus, Simão se converte.  É isso o que acontece com a gente quando ao carregarmos a cruz, olhamos pra Jesus, e não para o madeiro.

Voltando: então eu comecei aquela batelada de exames, consultas , ultra-sons e tudo o mais. O pior pra mim não era saber que eu estava doente, mas não saber o que eu tinha. Mas eu passei a oferecer a Deus, contrariada como Simão, todo aquele peso...

Enfim... depois de quase dois meses, em uma sexta-feira a noite tocou o telefone lá em casa as 19:30hs e era do consultório onde eu estava me tratando. Quando o médico que está cuidando de você liga na sua casa, em uma sexta-feira a noite, pode saber que vem chumbo grosso.  Resumindo, a médica disse que eu teria que fazer uma biópsia.  Aquela palavra me deu um frio na barriga...mas não tinha outra alternativa: os resultados dos exames até então não eram conclusivos... Então 4 dias depois eu fui internada no HC pra fazer a biópsia.

Aquele dia eu não vou esquecer. Eu fui internada numa terça-feira a tarde pra fazer a biópsia na manhã seguinte. Minha mãe me levou como sempre e ficou até a hora de terminar o horário de visitas. Quando ela foi embora e logo anoiteceu, eu resolvi dar uma volta pelo hospital. Eu estava meio aflita. Então fui de pijamão azul e tudo dar uma andada. Quando eu me vi ali naquele corredor com aquele monte de gente desconhecida, me deu medo. Medo das agulhas que iam furar minhas costas no dia seguinte e principalmente medo do resultado. Sim, porque a biópsia era o exame derradeiro: depois o que viesse eu teria que encarar. Então eu comecei a rezar o terço. É impressionante como Nossa Senhora é rápida em vir ao encontro das necessidades dos seus filhos. Jesus, Nosso Senhor, nos deixou muitos presentes preciosos antes de partir e um dos mais sagrados foi deixar sua mãe como nossa mãe e intercessora junto a Deus, que como diz a ladainha, é “saúde dos enfermos e consoladora dos aflitos”. E então eu fui rezando o terço e aquele pavor foi se dissipando...a biópsia não doeu nada (de verdade) e eu nem vi passar..

Uma semana depois sairia o resultado e essa parte é a que eu mais gosto de contar:
Numa segunda-feira de manhã fomos eu e minha mãe ao dr Osvaldo (meu médico e pessoa maravilhosa!) e quando a gente sentou na cadeira ele estava todo sorridente. Eu já fiquei super  feliz. Então ele disse: “que notícia boa, hein? Os residentes estavam todos curiosos pra saber se o resultado das lâminas era esse mesmo. Porque ninguém acreditava que você teve tanta “sorte””!.

Bom, pra explicar e de forma resumida: quando saiu o resultado da biópsia, foi confirmado que eu tinha uma doença chamada “glomerulonefrite de lesões mínimas”, O nome é feio mas ela é “ótima”..rs. Explicado: pelos sintomas, pela minha idade e por vários outros fatores, os médicos achavam com quase toda certeza que eu teria: ou lúpus, ou uma doença chamada GESF ou a que eu realmente tinha (que a chance era minúscula). E pra quem é leigo como eu, explicando mais uma vez: era como se eu tivesse a chance de: ser atropelada por um caminhão a 200 por hora, ser nocauteada por um campeão de MMA  ou levar um tapinha de um bebê de 6 meses. E advinha? Eu levei o tapinha do bebê.

Nesse dia, depois dessa consulta eu entendi perfeitamente que Deus havia me concedido mais um milagre e que por incrível que pareça, o milagre maior nem era a doença em si (por ser super branda) mas a transformação interior que ocorreu comigo naqueles dois meses. Assim como a Simão de Cirene, Nosso Senhor me conquistou... pra nunca mais me deixar..

É isso por hoje.
Uma ótima e abençoada semana a todos!
Mil beijos e fiquem com Deus!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Bom dia / boa noite pessoal!
Esse é o nosso quarto post!!

Queria dizer que como sempre, fiquei muito, muito infinitamente  feliz com todas as mensagens e comentários. O último em especial me deixou mais feliz ainda pois recebi muitos feedbcaks maravilhosos que me emocionaram!!. Isso é a maior recompensa e o que me faz ter cada dia mais certeza que o ser humano tem sede de Deus!
Bom, como o último post foi um pouco pesado (rs), nesse eu vou pegar mais leve... eu tinha duas opções: escrever esse mais levinho ou escrever um que é ainda mais pesado (mas deixei  pro próximo).

Então muitos devem estar se perguntando: mas ela também não ia falar sobre amor, que na verdade é até o título do blog???  Sim!!! Mas ainda não falei por dois motivos: primeiro porque não achei legal simplesmente ir direto para o milagre antes de contar todo o processo que me levou à ele e também porque até esse momento eu não tinha “amor” nenhum... ahahaha

Sim gente, depois que eu comecei meu processo de aproximação de Deus e de intensificar minha vida espiritual, eu fiquei muitos anos sem namorar ninguém. Nem paquerinha direito eu tinha. Ou melhor, como eu e minhas amigas de Ribeirão costumamos dizer, eu só tinha “paquerinha interno”, sabe aquele cara que você paquera mas que não tem a menor ideia disso? Então: super eu! Minha vida amorosa causava inveja à muita Bridget Jones por aí...

Mas embora solitária, foi uma época muito rica e apesar de eu estar completamente sem um amor à vista, eu sabia que queria muito me casar e ser mãe um dia então comecei a rezar muito pedindo essa graça especial a Deus. E outra coisa que eu fiz e que foi importantíssimo pra me ajudar a amadurecer nessa ideia toda de casamento: eu passei a ler e estudar muito sobre o sacramento do matrimônio e o que a Igreja fala sobre isso. Comecei a tentar entender a fundo o que era essa graça especial que Deus concede aos noivos no dia do matrimônio, a razão de ele ser indissolúvel, quais são as responsabilidades de quem Deus chama à essa vocação tão linda,  por que Igreja pede que nós vivamos sempre as virtudes da pureza e da castidade: tanto no namoro quanto no casamento (embora de formas diferentes), entender o Planejamento Familiar Natural, que eu e o Matt adotamos com muita alegria e que é uma benção pro nosso casamento e pra nossa família,  entre outras coisas.

Eu devorava livros, falava horas sobre isso com meu diretor espiritual e ia à várias palestras. E nisso iam acontecendo até alguns episódios engraçados. Um dia teve uma palestra fenomenal em Ribeirão pra casais com um casal mega top: o Pedro e a Kety Rezende. Eles falaram sobre diversos aspectos da relação dos cônjuges e eu fui como voluntária pra ajudar na organização, coffee break, etc. Aí quando cheguei lá tinha outra moça com o marido que estava como voluntária distribuindo os crachás aos participantes. Ela falou pra mim: “qual é seu nome e do seu marido pra eu procurar aqui?”. Aí eu meio sem graça: “não, sou só eu mesmo... tipo assim: eu....” ahahahahah. Eu era a única solteira na palestra.

Mas o importante é que todos aqueles ensinamentos iam me ajudando a crescer e eu posso dizer que hoje  eles me ajudam muito a santificar meu casamento.  E o fato de eu ter esperado bastante pra casar (nada menos que 10 anos de oração) me fizeram entender o casamento da forma como eu acho que ele realmente é: a união de um homem e uma mulher com uma vocação especialíssima que vão se juntar para uma vida a dois cheia de alegrias e de desafios (claro, falando de forma bem simplificada). Sim, porque quem se casa deve ter sempre em mente toda a renúncia e sacrifícios que deverá fazer pra levar em frente o casamento e a família.

Me lembro de uma dessas palestras que eu fui com a minha mãe e que foi ministrada por uma senhora de Ribeirão muito legal. Casada há mais de 50 anos, 8 filhos e uma família maravilhosa. No meio da palestra ela disse que um dia perguntou ao marido dela: “Bem, você já teve vontade de se separar de mim?” e ele respondeu: “ de me separar não, mas de te matar já...”. rs. Brincadeiras à parte, isso mostra como além de lindo o casamento também é um esforço diário e abnegado.
A boa notícia é que Deus nos ajuda a levar adiante essa missão. Ele faz isso de diversas formas: desde a graça que Ele derrama sobre os noivos no momento da recepção do sacramento, como já falei, até as moções que o Espírito Santo vai soprando na nossa alma para sairmos do nosso egoísmo e individualismo ( tão contrários ao espírito do matrimônio) , passando pela magnífica ajuda que recebemos com os sacramentos da eucaristia e da confissão- eu e o Matt vamos à missa diariamente, nos confessamos e temos direção espiritual com o sacerdote com frequência e nosso diretor, que é o mesmo pra nós dois, vai nos ajudando com conselhos, dicas e etc.

Eu posso dizer que apesar dos meus (apenas) 4 meses de casamento, o Espírito Santo me diz todos os dias e me ajuda dando dicas de como agir e principalmente, me ensina a amar cada dia mais o Matt. É quando, por exemplo, Ele diz: “sai desse computador e vai perguntar como foi aquela reunião importante que ele ia ter hoje no trabalho, você poderia fazer aquela salada de batata que ele tanto gosta”, e assim por diante.

Esses dias, em um domingo, nós chegamos em casa a noite depois da missa e de termos ido jantar e eu tomei um banho e pensei: “Que delícia, vou dormir!! To morta”. Aí olhei na sala e o Matt estava assistindo o cricket. Aí na hora veio minha mãe à mente, o melhor exemplo de esposa e mãe que eu poderia ter.  Meu pai é um palmeirense roxo e um amante de futebol. Toda quarta-feira a noite ele assiste TODOS os jogos, todos os comentários e depois os comentários dos comentários... . As vezes eu ia dormir e olhava na sala e lá estava meu pai na poltrona cativa dele e minha mãe do lado com os olhinhos  quase fechando... (detalhe: ela acorda todos os dias as 5 da matina!).  E por que minha mãe faz isso apesar de provavelmente meu pai muitas  vezes nem notar? Primeiro porque ela faz por Deus e  também porque ela sabe muito bem que o casamento não é feito apenas das grandes provas de amor mas também (e acho que principalmente) das pequenas renúncias e sacrifícios do dia-a-dia.  E eu pensava: é preciso muita generosidade e grandeza de espírito pra fazer o que minha mãe faz!!! Ela é muito porreta!! Muita gente me ensina muito sobre o casamento mas com certeza minha mãe é que a mais me ensinou pois  eu aprendo não só com sua palavra mas com o seu exemplo:  “a palavra comove, o exemplo arrasta”.

Então naquela noite eu coloquei um belo sorriso na cara e sentei com meu Mosão pra assistir o cricket (so exciting!! Ahahahah, #sqn)

Quando eu medito sobre essas pequenas e grandes coisas que devemos fazer todos os dias até o fim das nossas vidas eu penso sempre no exemplo de Jesus. Suas últimas palavras antes de morrer foram: “Tudo foi consumado... Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. E isso me faz pensar na minha vida: a cada dia, no fim do dia, ao fazer meu exame de consciência, eu posso dizer pra Deus: “tudo foi consumado?”...

É isso por hoje.

Mil beijos e fiquem com Deus!