Bom dia / boa noite pessoal!
Esse é o nosso quarto post!!
Queria dizer que como sempre,
fiquei muito, muito infinitamente feliz
com todas as mensagens e comentários. O último em especial me deixou mais feliz
ainda pois recebi muitos feedbcaks maravilhosos que me emocionaram!!. Isso é a
maior recompensa e o que me faz ter cada dia mais certeza que o ser humano tem
sede de Deus!
Bom, como o último post foi um
pouco pesado (rs), nesse eu vou pegar mais leve... eu tinha duas opções:
escrever esse mais levinho ou escrever um que é ainda mais pesado (mas deixei pro próximo).
Então muitos devem estar se
perguntando: mas ela também não ia falar sobre amor, que na verdade é até o
título do blog??? Sim!!! Mas ainda não
falei por dois motivos: primeiro porque não achei legal simplesmente ir direto
para o milagre antes de contar todo o processo que me levou à ele e também
porque até esse momento eu não tinha “amor” nenhum... ahahaha
Sim gente, depois que eu comecei
meu processo de aproximação de Deus e de intensificar minha vida espiritual, eu
fiquei muitos anos sem namorar ninguém. Nem paquerinha direito eu tinha. Ou
melhor, como eu e minhas amigas de Ribeirão costumamos dizer, eu só tinha
“paquerinha interno”, sabe aquele cara que você paquera mas que não tem a menor
ideia disso? Então: super eu! Minha vida amorosa causava inveja à muita Bridget
Jones por aí...
Mas embora solitária, foi uma
época muito rica e apesar de eu estar completamente sem um amor à vista, eu
sabia que queria muito me casar e ser mãe um dia então comecei a rezar muito
pedindo essa graça especial a Deus. E outra coisa que eu fiz e que foi
importantíssimo pra me ajudar a amadurecer nessa ideia toda de casamento: eu
passei a ler e estudar muito sobre o sacramento do matrimônio e o que a Igreja
fala sobre isso. Comecei a tentar entender a fundo o que era essa graça
especial que Deus concede aos noivos no dia do matrimônio, a razão de ele ser
indissolúvel, quais são as responsabilidades de quem Deus chama à essa vocação
tão linda, por que Igreja pede que nós
vivamos sempre as virtudes da pureza e da castidade: tanto no namoro quanto no
casamento (embora de formas diferentes), entender o Planejamento Familiar Natural,
que eu e o Matt adotamos com muita alegria e que é uma benção pro nosso
casamento e pra nossa família, entre
outras coisas.
Eu devorava livros, falava horas
sobre isso com meu diretor espiritual e ia à várias palestras. E nisso iam
acontecendo até alguns episódios engraçados. Um dia teve uma palestra fenomenal
em Ribeirão pra casais com um casal mega top: o Pedro e a Kety Rezende. Eles
falaram sobre diversos aspectos da relação dos cônjuges e eu fui como
voluntária pra ajudar na organização, coffee break, etc. Aí quando cheguei lá
tinha outra moça com o marido que estava como voluntária distribuindo os
crachás aos participantes. Ela falou pra mim: “qual é seu nome e do seu marido
pra eu procurar aqui?”. Aí eu meio sem graça: “não, sou só eu mesmo... tipo
assim: eu....” ahahahahah. Eu era a única solteira na palestra.
Mas o importante é que todos aqueles
ensinamentos iam me ajudando a crescer e eu posso dizer que hoje eles me ajudam muito a santificar meu
casamento. E o fato de eu ter esperado
bastante pra casar (nada menos que 10 anos de oração) me fizeram entender o
casamento da forma como eu acho que ele realmente é: a união de um homem e uma
mulher com uma vocação especialíssima que vão se juntar para uma vida a dois
cheia de alegrias e de desafios (claro, falando de forma bem simplificada).
Sim, porque quem se casa deve ter sempre em mente toda a renúncia e sacrifícios
que deverá fazer pra levar em frente o casamento e a família.
Me lembro de uma dessas palestras
que eu fui com a minha mãe e que foi ministrada por uma senhora de Ribeirão
muito legal. Casada há mais de 50 anos, 8 filhos e uma família maravilhosa. No
meio da palestra ela disse que um dia perguntou ao marido dela: “Bem, você já
teve vontade de se separar de mim?” e ele respondeu: “ de me separar não, mas
de te matar já...”. rs. Brincadeiras à parte, isso mostra como além de lindo o
casamento também é um esforço diário e abnegado.
A boa notícia é que Deus nos
ajuda a levar adiante essa missão. Ele faz isso de diversas formas: desde a graça
que Ele derrama sobre os noivos no momento da recepção do sacramento, como já
falei, até as moções que o Espírito Santo vai soprando na nossa alma para
sairmos do nosso egoísmo e individualismo ( tão contrários ao espírito do
matrimônio) , passando pela magnífica ajuda que recebemos com os sacramentos da
eucaristia e da confissão- eu e o Matt vamos à missa diariamente, nos confessamos
e temos direção espiritual com o sacerdote com frequência e nosso diretor, que
é o mesmo pra nós dois, vai nos ajudando com conselhos, dicas e etc.
Eu posso dizer que apesar dos
meus (apenas) 4 meses de casamento, o Espírito Santo me diz todos os dias e me
ajuda dando dicas de como agir e principalmente, me ensina a amar cada dia mais
o Matt. É quando, por exemplo, Ele diz: “sai desse computador e vai perguntar
como foi aquela reunião importante que ele ia ter hoje no trabalho, você
poderia fazer aquela salada de batata que ele tanto gosta”, e assim por diante.
Esses dias, em um domingo, nós
chegamos em casa a noite depois da missa e de termos ido jantar e eu tomei um
banho e pensei: “Que delícia, vou dormir!! To morta”. Aí olhei na sala e o Matt
estava assistindo o cricket. Aí na hora veio minha mãe à mente, o melhor exemplo
de esposa e mãe que eu poderia ter. Meu
pai é um palmeirense roxo e um amante de futebol. Toda quarta-feira a noite ele
assiste TODOS os jogos, todos os comentários e depois os comentários dos comentários...
. As vezes eu ia dormir e olhava na sala e lá estava meu pai na poltrona cativa
dele e minha mãe do lado com os olhinhos quase fechando... (detalhe: ela acorda todos
os dias as 5 da matina!). E por que
minha mãe faz isso apesar de provavelmente meu pai muitas vezes nem notar? Primeiro porque ela faz por
Deus e também porque ela sabe muito bem que
o casamento não é feito apenas das grandes provas de amor mas também (e acho
que principalmente) das pequenas renúncias e sacrifícios do dia-a-dia. E eu pensava: é preciso muita generosidade e
grandeza de espírito pra fazer o que minha mãe faz!!! Ela é muito porreta!! Muita
gente me ensina muito sobre o casamento mas com certeza minha mãe é que a mais
me ensinou pois eu aprendo não só com
sua palavra mas com o seu exemplo: “a
palavra comove, o exemplo arrasta”.
Então naquela noite eu coloquei
um belo sorriso na cara e sentei com meu Mosão pra assistir o cricket (so
exciting!! Ahahahah, #sqn)
Quando eu medito sobre essas
pequenas e grandes coisas que devemos fazer todos os dias até o fim das nossas
vidas eu penso sempre no exemplo de Jesus. Suas últimas palavras antes de morrer
foram: “Tudo foi consumado... Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. E isso
me faz pensar na minha vida: a cada dia, no fim do dia, ao fazer meu exame de
consciência, eu posso dizer pra Deus: “tudo foi consumado?”...
É isso por hoje.
Mil beijos e fiquem com Deus!
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