quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Bom dia / boa noite pessoal!
Esse é o nosso quarto post!!

Queria dizer que como sempre, fiquei muito, muito infinitamente  feliz com todas as mensagens e comentários. O último em especial me deixou mais feliz ainda pois recebi muitos feedbcaks maravilhosos que me emocionaram!!. Isso é a maior recompensa e o que me faz ter cada dia mais certeza que o ser humano tem sede de Deus!
Bom, como o último post foi um pouco pesado (rs), nesse eu vou pegar mais leve... eu tinha duas opções: escrever esse mais levinho ou escrever um que é ainda mais pesado (mas deixei  pro próximo).

Então muitos devem estar se perguntando: mas ela também não ia falar sobre amor, que na verdade é até o título do blog???  Sim!!! Mas ainda não falei por dois motivos: primeiro porque não achei legal simplesmente ir direto para o milagre antes de contar todo o processo que me levou à ele e também porque até esse momento eu não tinha “amor” nenhum... ahahaha

Sim gente, depois que eu comecei meu processo de aproximação de Deus e de intensificar minha vida espiritual, eu fiquei muitos anos sem namorar ninguém. Nem paquerinha direito eu tinha. Ou melhor, como eu e minhas amigas de Ribeirão costumamos dizer, eu só tinha “paquerinha interno”, sabe aquele cara que você paquera mas que não tem a menor ideia disso? Então: super eu! Minha vida amorosa causava inveja à muita Bridget Jones por aí...

Mas embora solitária, foi uma época muito rica e apesar de eu estar completamente sem um amor à vista, eu sabia que queria muito me casar e ser mãe um dia então comecei a rezar muito pedindo essa graça especial a Deus. E outra coisa que eu fiz e que foi importantíssimo pra me ajudar a amadurecer nessa ideia toda de casamento: eu passei a ler e estudar muito sobre o sacramento do matrimônio e o que a Igreja fala sobre isso. Comecei a tentar entender a fundo o que era essa graça especial que Deus concede aos noivos no dia do matrimônio, a razão de ele ser indissolúvel, quais são as responsabilidades de quem Deus chama à essa vocação tão linda,  por que Igreja pede que nós vivamos sempre as virtudes da pureza e da castidade: tanto no namoro quanto no casamento (embora de formas diferentes), entender o Planejamento Familiar Natural, que eu e o Matt adotamos com muita alegria e que é uma benção pro nosso casamento e pra nossa família,  entre outras coisas.

Eu devorava livros, falava horas sobre isso com meu diretor espiritual e ia à várias palestras. E nisso iam acontecendo até alguns episódios engraçados. Um dia teve uma palestra fenomenal em Ribeirão pra casais com um casal mega top: o Pedro e a Kety Rezende. Eles falaram sobre diversos aspectos da relação dos cônjuges e eu fui como voluntária pra ajudar na organização, coffee break, etc. Aí quando cheguei lá tinha outra moça com o marido que estava como voluntária distribuindo os crachás aos participantes. Ela falou pra mim: “qual é seu nome e do seu marido pra eu procurar aqui?”. Aí eu meio sem graça: “não, sou só eu mesmo... tipo assim: eu....” ahahahahah. Eu era a única solteira na palestra.

Mas o importante é que todos aqueles ensinamentos iam me ajudando a crescer e eu posso dizer que hoje  eles me ajudam muito a santificar meu casamento.  E o fato de eu ter esperado bastante pra casar (nada menos que 10 anos de oração) me fizeram entender o casamento da forma como eu acho que ele realmente é: a união de um homem e uma mulher com uma vocação especialíssima que vão se juntar para uma vida a dois cheia de alegrias e de desafios (claro, falando de forma bem simplificada). Sim, porque quem se casa deve ter sempre em mente toda a renúncia e sacrifícios que deverá fazer pra levar em frente o casamento e a família.

Me lembro de uma dessas palestras que eu fui com a minha mãe e que foi ministrada por uma senhora de Ribeirão muito legal. Casada há mais de 50 anos, 8 filhos e uma família maravilhosa. No meio da palestra ela disse que um dia perguntou ao marido dela: “Bem, você já teve vontade de se separar de mim?” e ele respondeu: “ de me separar não, mas de te matar já...”. rs. Brincadeiras à parte, isso mostra como além de lindo o casamento também é um esforço diário e abnegado.
A boa notícia é que Deus nos ajuda a levar adiante essa missão. Ele faz isso de diversas formas: desde a graça que Ele derrama sobre os noivos no momento da recepção do sacramento, como já falei, até as moções que o Espírito Santo vai soprando na nossa alma para sairmos do nosso egoísmo e individualismo ( tão contrários ao espírito do matrimônio) , passando pela magnífica ajuda que recebemos com os sacramentos da eucaristia e da confissão- eu e o Matt vamos à missa diariamente, nos confessamos e temos direção espiritual com o sacerdote com frequência e nosso diretor, que é o mesmo pra nós dois, vai nos ajudando com conselhos, dicas e etc.

Eu posso dizer que apesar dos meus (apenas) 4 meses de casamento, o Espírito Santo me diz todos os dias e me ajuda dando dicas de como agir e principalmente, me ensina a amar cada dia mais o Matt. É quando, por exemplo, Ele diz: “sai desse computador e vai perguntar como foi aquela reunião importante que ele ia ter hoje no trabalho, você poderia fazer aquela salada de batata que ele tanto gosta”, e assim por diante.

Esses dias, em um domingo, nós chegamos em casa a noite depois da missa e de termos ido jantar e eu tomei um banho e pensei: “Que delícia, vou dormir!! To morta”. Aí olhei na sala e o Matt estava assistindo o cricket. Aí na hora veio minha mãe à mente, o melhor exemplo de esposa e mãe que eu poderia ter.  Meu pai é um palmeirense roxo e um amante de futebol. Toda quarta-feira a noite ele assiste TODOS os jogos, todos os comentários e depois os comentários dos comentários... . As vezes eu ia dormir e olhava na sala e lá estava meu pai na poltrona cativa dele e minha mãe do lado com os olhinhos  quase fechando... (detalhe: ela acorda todos os dias as 5 da matina!).  E por que minha mãe faz isso apesar de provavelmente meu pai muitas  vezes nem notar? Primeiro porque ela faz por Deus e  também porque ela sabe muito bem que o casamento não é feito apenas das grandes provas de amor mas também (e acho que principalmente) das pequenas renúncias e sacrifícios do dia-a-dia.  E eu pensava: é preciso muita generosidade e grandeza de espírito pra fazer o que minha mãe faz!!! Ela é muito porreta!! Muita gente me ensina muito sobre o casamento mas com certeza minha mãe é que a mais me ensinou pois  eu aprendo não só com sua palavra mas com o seu exemplo:  “a palavra comove, o exemplo arrasta”.

Então naquela noite eu coloquei um belo sorriso na cara e sentei com meu Mosão pra assistir o cricket (so exciting!! Ahahahah, #sqn)

Quando eu medito sobre essas pequenas e grandes coisas que devemos fazer todos os dias até o fim das nossas vidas eu penso sempre no exemplo de Jesus. Suas últimas palavras antes de morrer foram: “Tudo foi consumado... Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. E isso me faz pensar na minha vida: a cada dia, no fim do dia, ao fazer meu exame de consciência, eu posso dizer pra Deus: “tudo foi consumado?”...

É isso por hoje.

Mil beijos e fiquem com Deus!

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